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A ideia de compor uma peça baseada no folclore mineiro já estava presente desde o início dos meus estudos em composição musical. O primeiro movimento da Sinfonia Minas, o único existente até então, apresenta a poética da religiosidade do congado mineiro a partir de uma roupagem orquestral que mescla uma linguagem atonal livre e modal. Utilizei como referência o livro Os Sons do Rosário – O congado mineiro dos Arturos e Jatobá, de Glaura Lucas, bem como estudos de campo do folclore mineiro, sobretudo da região de Montes Claros. A peça estrutura-se em quatro partes diretamente interligadas e abrange o seguinte percurso formal e poético: I – A igreja convocando e avisando a chegada das guardas; II – O cortejo, os cantos e as preparações para a cerimônia religiosa; III – A cerimônia, as rezas e as ladainhas; e IV – A retirada.
Texto extraído do programa de concerto do Festival Tinta Fresca 2010.
(Instrumentação: 1 piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes em Bb, 1 clarinete baixo, 2 fagotes, 3 trompas em F, 2 trompetes em C, 2 trombones, 1 trombone baixo, 1 tuba, tímpanos (F, Bb, E), 3 caixas de moçambique, triângulo, prato suspenso, tam-tam, sinos tubulares, glockenspiel, vibrafone, piano e cordas.)
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